O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Quando as células se degradam, seu material genético origina moléculas chamadas de purinas – também encontrada em alimentos de origem animal – que depois de utilizadas, são quebradas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é excretado na urina.
As complicações começam quando os níveis de ácido úrico no sangue estão elevados, seja porque o corpo produz demais ou elimina pouco pela urina, bem como por interferência do uso de certos medicamentos.
Se o ácido úrico está descontrolado, pode levar a formação de cálculos renais ou se depositar em uma articulação causando uma forte inflamação em uma doença chamada gota, tornando-se um fator de risco cardiovascular.
Essa substância possui ainda um efeito tóxico na parede das artérias, contribuindo para a agregação de placas nesses locais.
A sobrecarga de ácido úrico pode atrapalhar o balanço de gordura no organismo, alterando os níveis de triglicérides e propiciando o acúmulo de gordura no fígado, outro patrocinador de problemas cardiovasculares. O ácido ainda instiga a retenção de sódio e, com isso, faz elevar a pressão arterial.
Há, portanto, uma série de fatores de risco causados pelo ácido úrico. Se as taxas estiverem altas, a perda de peso e ajustes na dieta (como maneirar na proteína animal e bebidas alcoólicas) são prescritos, além de acompanhamento com especialista.
Dr. Frederico Ligeiro Medeiros
CRM 165.986
Cardiologista Intervencionista pela Unicamp;
Pós-graduação em Nutrologia pela ABRAN.
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